Enfim chegamos em dezembro. Alívio ? Particularmente sim.
Certamente quando moleque, dezembro era um mês mais auspicioso para mim. Talvez pela própria idiossincrasia da época...Vá saber...

Se tivesse que pedir algo ao velho Noel - pediria um ano de 2008 repleto de sáude para mim e para os demais. Sem dúvida alguma...E que a violência nunca nos alcance...


Pauta de hoje: Jesus & Mary Chain, Mala preta, Interpol (cobertura do show na Bélgica), The Police, boatos e listas.



RÁPIDAS


- A banda Jesus & Mary Chain extinta há anos, desde o último disco em 1998, promete lançar um disco novo em 2008. Segundo - os irmãos Reid não se trata de coletânea ou picaretagens do gênero. É disco novo mesmo. Boatos contam que serão 12 inéditas ano que vem...


- Mas como sempre "aonde há fumaça há fogo": seus empresários ensaiam um lançamento de uma caixa enorme com raridades e versões inéditas...Pacotão mesmo.
Saindo pela Rhino Records...

Ps: Não se pode elogiar !!!


- E a reunião do Led Zeppelin ? Hmmm...A banda (trio) é capa da Rolling Stones. Plant nega turnê, mas não é o que anda se falando por aí...
Olhe, adoro Led Zeppelin, contudo acho muito "maroto" uma reunião dessas.

- Por falar em Led Zeppelin - esse mês no Multishow, dia 9, irá ao ar um programa bem bacana sobre a banda. Um arquivo histórico mesmo com direito a cenas de bastidores e um monte de papos da época.


COLUNA DO DAPIEVE


Abro o jornal "O Globo" de sexta e me deparo com a coluna de Arthur Dapieve comentando sobre o show do The Police. Surpreendo-me ao saber que não somente ele não estará como faz questão de não estar. E cita 5 razões próprias...Se tivesse uma grana apostaria que a banda fizesse a cabeça do jornalista...
Mesmo discordando de Dapieve há de se respeitar razões, opiniões e gostos.
Que bom que vivemos épocas assim onde cada pessoa tem distintas opiniões e se respeitam. Não há nada mais genuíno do que respeitar a pluralidade das idéias e conviver bem com isso.

Sei que o citado acima - sempre que pode - passa por esse espaço. Isso me honra muito.
Fomos apresentados formalmente na reunião acontecida no Flamengo (bairro) no Sesc, aonde alguns jornalistas davam palestras...Sempre simpático e paciente.
A única pena é não vê-lo lá vibrando com o trio.




Daqui a pouco...



MALA PRETA


Chega-se ao fim do Brasileirão 2007 e começam as especulações sobre as famosas "malas pretas". Além de ser de um mau gosto imenso - acho esse negócio de "mala preta" imoral. Talvez não chegue a ser desonesto, porém é imoral, indecente e antiético.
Ou não ?
Premiação dentro do próprio clube é uma coisa - remuneração de outrem já é sacanagem...


INTERPOL (BÉLGICA )

Como muitos já sabem, a banda Interpol virá ao Brasil em março (2008) para shows pelo Sudeste. Começa dia 11 em São Paulo, dia 13 no Rio de Janeiro e fecha no dia 15 em Belo Horizonte. A banda nova-iorquina (muita gente ainda pensa que eles são ingleses) assim como o Radio 4 e o Yeahs, Yeahs, Yeahs, é formada por Paul Banks (vocais e letras), Daniel Kessler (guitarra e vocais), Carlos D (baixo) e Sam Fogarino (bateria). A formação deu-se nos tempos de Faculdade como muitas bandas costumam fazer mesmo: anúncios em mural.

Em 1998 era dada a largada para a banda. Após muito trabalho, o Interpol consegue lançar um EP em 2001 chamado “Fukd I.D. #3”. Logo mais viria mais um EP batizado de “Interpol” pela Matador Records.

O ano mágico da banda foi 2002, pois naquele ano sairia o aclamado “Turn on the bright lights” – elogiado pela crítica e por público. Muita gente boa acha-o ainda o melhor disco dos caras...Gosto é gosto.

Em 2004 saía “Antics”, mais uma vez a crítica os recebe com carinho e atenção. A comparação com bandas do naipe do Joy Division (pelo baixo e pela voz), Echo & The Bunnymen, Smiths é inevitável. Uma série de compromissos, sucessos, pressões e tudo mais. Ao lado do Franz Ferdinand – eram as duas bandas mais requisitadas em 2004.

Esse ano, o Interpol lançou “Our Love to Admire”. Um disco bom com jeitão da banda mesmo e alguns tiros n’agua.

Fato foi que a minha “correspondente” acaba de vê-los na Bélgica e ficou bastante satisfeita. Transcreverei quase com fidelidade informações passadas a mim...

O show foi realizado em Bruxelas no Forest National – um lugar com a capacidade para sete mil pessoas. O show lotou praticamente. Acredita-se que havia seis mil pessoas por lá. A banda de abertura foi a (ainda) desconhecida “Blonde Redhead”, com disco lançado esse ano. Eles entrariam às 20 horas e terminariam uma hora e meia mais tarde.

As 21h40min o Interpol entra em cena. A recepção é gradativa. O show é gradativo. A banda começa lentamente e termina da mesma maneira.

Mas, o público queria ouvir os hits...Os belgas gritavam e aplaudiam a cada “hit” iniciado. Para se ter uma idéia a canção “PDA” teve uma introdução de 2 minutos e 25 segundos só de guitarra e bateria. Depois a canção explode para delírio dos belgas. Segundo – a correspondente, o baterista é o grande destaque no palco. Tecnicamente falando óbvio. O show dura uma hora e meia a quarenta minutos. Foram executadas 19 músicas ao longo do show...Com direito a dois “bis”.

Muito se falou na falta de voz do vocalista, mas não procedeu a informação. A voz é bem grave mesmo e na medida. Nada se perde ao vivo.

O público belga reagiu de forma igual ao que se espera aqui no Brasil. A cada canção lenta – um cigarro e sossego. Bastava um “Obstacle 1”, “PDA”, “Narc”, “Evil” (a mais exaltada pelos belgas), “Slow Hands”, “Say Hello to the Angells” e “Rest my chemistry” para todo mundo sacudir e balançar o esqueleto a valer...Todo mundo pulando, cantando e se esbaldando com a banda.

Dar-lhe-ei o set list do show na íntegra:

1 - Pionners to the falls

2 - Obstacle 1

3 - NARC

4 - C'mere

5 - The Scale

6 - Say Hello to the Angels

7 - Hands Away

8 - Mammoth

9 - No I in Threesome

10 - Slow Hands

11 - Rest my chemistry

12 - The Lighthouse

13 - Evil

14 - The Heinrich Maneuver

15 - Not Even Jail

Primeira saída do palco

16 - NYC

17 - Stella was a Diver and she always down

18 - PDA - com 2 minutos e 25s de introdução com guitarras e bateria antes de entrar na musica propriamente

Segunda saída do palco

19 - Untitled

Fim de papo. São quase 23: 20min em Bruxelas e o público deixa o local satisfeito com o que viu. Minha correspondente só lamentou a ausência de “Obstacle 2” – na qual tem imensa admiração. Fazer o quê, né ?

Acredito que para o Brasil não haja quase nenhuma variação de set list. Deverá ser esse mesmo acima. Com raríssimas mudanças...

Ah...Faltou falar do traje dos rapazes...

A banda leva a sério a arte de se vestir. Todos impecáveis, arrumados, com gravatas e chapéus (nem todos). Visual quase “mod”, diria eu.

Agora é esperar março chegar e conferir tudo aquilo que está escrito. Quem viver, verá...

Correspondente: Nathalia Lemos

Tem mais pano na manga nas próximas, hein ? Essa minha conexão-europa guarda Madness, Morrisey e etc...

Aguardem...


LISTA Parte I (2007)


Como tradição eu sempre divido em três ou quatro partes a lista das coisas que importaram nesse ano. Começa a parte I hoje:

- Prozac
- Frontal
- Marlboro Light
- Cachaça
- Little Miss Sunshine
- Mark Ruffalo
- Toni Collete
- Monk
- Flamengo
- Inglaterra
- PJ Harvey
- The Rakes
- White Stripes
- "Felo de se"
- Sinuca
- Angra dos Reis
- Paulo Autran
- Bee (Seinfeld)
- Grajaú

Até a próxima...

Clic.