segunda-feira, outubro 01, 2007

E o Festival do Rio não pára...Filme a granel...
A cidade até está mais efervescente no momento. Shows, cinemas, teatro, festas e etc...

Como sempre - muita coisa bacana no Festival de Cinema e outras nem tanto. Isso é a democracia "cinematográfica". Fiquei muito em dúvida quanto a esse "post", pois tenho muito o que falar (escrever). Então - decidi fatiar em metades. Uma essa semana e a outra na semana que vem...
Mais fácil, menos complicado e "light"...


Pauta de hoje: Marcel Marceau, Scorsese, George Harrison, Control (Ian Curtis), Tarantino, Tribuna de Imprensa e algo mais...





MARCEL MARCEAU


Morreu semana passada um dos maiores ícones do teatro mundial, Marcel Marceau. Há quem diga que ele foi o "Charles Chaplin do teatro".
Marcel estava com 84 anos de idade e encantou a Europa e o mundo com seu vasto talento e sensibilidade.


RÁPIDINHAS


- Scorsese fechou um projeto essa semana (primeira de outubro) parta o cinema. Depois de assinar "No direction Home" sobre Bob Dylan; Martin fará a cinebiografia de George Harrison.
A produção será da ex-mulher de George, Olivia Harrison...
É esperar...


- Saiu na Tribuna da Imprensa um estudo que dava conta sobre a miserabilidade do povo. O resultado espantou a muitos, incluindo-me. Os resultados mostravam que uma família composta por 4 componentes e com cada um recebendo R$ 125,00/mês; não era considerado pobre.
E mais: estava numa faixa de classe média !!!!! Como assim ??????
Me diz aí quem vive "bem" com uma porcaria de salário desses ? Nem salário isso é...
Devido às críticas - o estudo foi reestruturado e revisto...

Quase um absurdo, né ? Se hoje em dia - vc com uma renda mensal de R$ 3.000 - passa um sufoco danado...Eu hein ?





À PROVA DE MORTE ( QUENTIN TARANTINO)


Fui ver o filme semana passada e me diverti muito. O "novo" do Tarantino é divertidíssimo.
Tem mulheres, porres, palavrões, roteiro, esquisitices, aquela aparição genial do próprio e trilha sonora. A parte musical é um brinde à parte. Fantástica ! Juro.
Podem ouvir e não se arrependerão...
São duas histórias que tem como interseção, Kurt Russel. Esse, inclusive, impagável...
Porém os desfechos de cada história são distintos...

Estava no cinema e ao fim do filme houve aplausos...Tarantino tem o puro talento de narrar vidas bandidas com paixão, sensualidade e tesão. Além de muita porrada e "pegas" (carros).
Diversão garantida. O final é restaurador...

Prestem atenção na cena da dança sensualíssima feita no bar (cujo dono é o Tarantino) e na cena final. Vale muito a pena...

Tarantino é como os Ramones...Direto, objetivo e rejuvenescedor...






Falar desse filme é complicado e fácil para mim. Primeiro: porque conheço a história da banda e, particularmente, de seu vocalista suicida. Segundo: fui ver a forma de como foi montada a narrativa e, não as razões nas quais a vida de Ian teve o fim que teve; pelo motivo já apresentado acima. Terceiro: Li inúmeros artigos sobre e Ian e, principalmente, a biografia dele por Debby Curtis (sua ex-mulher).
O filme pareceu-me baseado quase todo nesse livro da Debby Curtis...
Joy Division é uma banda importante no contexto musical e marcante em sua história. Isso é lugar-comum...Se você não a conhece - já está mais do que na hora de fazê-lo.
Ian Curtis era um homem sensível, talentoso e com muitos problemas...Hoje em dia - seria um sujeito comum com problemas emocionais, escravo de alguns remedinhos de tarja preta e cliente de um analista. Acho que Ian morreu por causas muito parecidas com as quais Kurt Cobain esbarrou também...24 anos mais tarde.
Falar sobre suicídio é dificil e tampouco atreverei-me a tal...
Dapieve já demonstrou em seu "Morreu na contramão" (livro que coloca em discussão - o suicídio) que milhões de pessoas matam-se por ano. E os motivos são inúmeros...E distintos...
Mas quem irá saber "todos" os motivos...?
Fato é que Ian suicidou-se em 18 de maio de 1980 e pôs fim ao Joy Division. E, tudo isso é mostrado de forma "familiar" ao telespectador. Quem leu a biografia citada acima acompanhará tintin por tintin...Debby é parte imprescindível na vida de Ian. Natalie (filha) também.

Motivo ? Ninguém saberá...Crítica ao filme do ponto de vista cinéfilo ? Acho desnecessário.
Está tudo lá...Bowie, Iggy Pop, o filme "Strozek" - último filme assistido por Ian antes de se enforcar, seus parceiros de banda, seus ataques epiléticos, sua depressão, suas poesias e etc...

Talvez - o título seja o mais próximo do real motivo do suicídio: Controle...
Cada pessoa tem o seu...Ian ultrapassou seu limite e perdeu (mesmo) o controle...

Destaque para o ator (muito bem caracterizado) e para o fim do filme com a belíssima "Atmosphere" de fundo musical...Tudo certo.


Obs: Uma curiosidade acerca do ator. E essa fui eu quem achei: o ator que interpreta Ian Curtis no filme é a cara de Stephen Morris - o baterista (real) da banda. Rsrsrs...
Podem conferir e me digam depois...


Música da semana: "The Candidate" (Joy Division)


***************






Free !!!!!!!!!

4 Comments:

At 8:35 PM, Anonymous Anônimo said...

so uma coisa:

clap, clap, clap!

smuacks

 
At 12:07 PM, Anonymous Anônimo said...

Fala Leo!
Quero ver esse filme do Tarantino! Vi uma entrevista com ele que disse que uma das atrizes do filme eh tb duble de filmes anteriores dele entao ele criou a personagem especialmente pra atriz/duble. bjs

 
At 1:04 PM, Blogger Unknown said...

Vale lembrar que o ator que faz o Ian no filme, fez o Stephen Morris no 24h Party People.

Abraços!

 
At 5:36 AM, Blogger L. Rocha said...

E fez Mark F. Smith numa homenagem à banda The Fall

 

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