Ê febrinha boa...Gripe, cansaço etc...Não, não é dengue...Menos mal...
Vontade de ficar em casa, escutando som, deixando a cama "enjoada" e relaxar...Enfim, não vai acontecer.
Acabei desviando-me do assunto principal que gostaria de falar: a razão de ser de um blog. Nesse tempo em que a "pressa" é tudo e o tempo é o senhor das direções de muitas leituras acabam sendo de qualidade suspeita e afoita. A informação tem que ser dada de maneira rápida, dinâmica e eficaz. Ok. Mas, cuidado - muito cuidado com a qualidade e essa "pressa" toda em aprender. Muitas revistas dizem-se elaboradas e "direto ao ponto"; isso põe em xeque seu aprendizado. E - os blogs são associados a esse tipo de informação também...
Quero deixar bem claro aqui que só vai ao ar informações qualitativas e opiniões. Quando há o "achismo" - deixo bem claro que se trata de opinião e não de FATO. Por favor tomem cuidado com essa sutil diferença...
Posto isso - vamos em frente...
Pauta de hoje: Portishead (Novo), Moby (Novo) Mais músicas, Documentários, Hunter Thompson, Variedades e China.
THIRD - PORTISHEAD
O novo do Portishead é um álbum sombrio, triste, instigante, calmo, encucado, alucinante etc...Alguma novidade até então...? Não, né ?
O disco é uma pancada no córtex cerebral. Não recomendo a quem esteja triste ou esteja em tratamento psiquiátrico. Sério..."Minha opinião" - de verdade.
Logo de saída há uma "pegadinha". Uma frase toda em português confundindo o ouvinte. Será que é Portishead mesmo ? No caso de quem faz download (baixa) imagino o susto...
Algo meio sacro - diria eu...
O disco começa com uma voz beeeem brasileira dizendo: "Esteja alerta para a regra dos três. O que você dá retornará pra você. Essa lição você tem que aprender: você só ganha o que você merece" (fielmente transcrito) - e começa a primeira faixa..."Silence".
Uma grande canção por sinal. Adorei de cara. Poderia fazer parte de uma trilha sonora de um filme do Burton ou do Cronenberg. "Hunter" vem em seguida com proposta distinta. Logo na segunda música o disco cai para a depressão, a melancolia, o surto...
"Nylon Smile","The Rip" e "Plastic" mantém o trip-hop, o experimentalismo e o ritmo cool do disco. Certas horas mais depressivos outras vezes mais evasivos e instigantes...
E vem "We Carry on" - uma das minhas preferidas...É música para pirar a cabeça mesmo.
Ecos de "krautrock" e pura psicodelia...Lindíssima música !!!!! Pode separar...
"Deep Water" é uma pausa...Um folk para dividir. Lembra até Beatles...Rsrsrsrs...
Direto para "Machine Gun" (outra preferida minha). Um porradão beat box. Lembrou-me "Art Of Noise" (banda espetacular dos anos 80). Adorei de cara também. Melancolia com atitude. E tome "beat" nisso...
E começa "Small" - outra grande canção da banda. A música é dividida em partes...Isso dá muito certo no decorrer da faixa. Outra dica minha...
E vem "Magic Doors" para manter a psicodelia e o prenúncio de que estamos perto do fim...Fim ?
Sim...Fim do disco. Calma...Acorda !!!!!
E vem a magistral "Threads" - uma espécie de "The Top" (The Cure). Linda música e perfeita para o fim do disco...Experimental, criativa, hipnótica e bela.
Bom trabalho de Beth Gibbons...Vocais líricos e apaixonantes.
Momento alto do disco: Silence, We carry on, Machine Gun, Small e Threads
Momento não tão bom: The Rip e Hunter
Nota: 9,0
MOBY
Escutei o novo álbum do Moby ( Last Night ) e confesso ter ficado encucado. Parece um disco típico de coletânea. Tamanha a variedade, pluralidade e originalidade de cada música.
O álbum é uma volta às raves undergrounds, ao classic house e a "disco" de Nova York. Cada faixa é uma prosposta e período distintos em torno da disco music.
Moby soube separar muito bem cada canção e intenção faixa a faixa.
Existem pérolas como: "Live for tomorrow", "Disco Lies", "Hyenas" e "I'm in Love"
Essa última chegou a me emocionar...De verdade. Vi "Porcelain" ali. Tem um teclado lírico e tênue de fazer qualquer pedra desmanchar-se...Gravem esse nome: "I'm im Love".
"Last Night é de fato um pouco como um álbum conceitual, já que tenta resumir uma noite inteira em um disco de 60 minutos" - afirma a MTV. Concordo em número, gênero e grau.
Dançante até dizer chega.
Na versão que eu tenho entrou uma bônus track: "Hidden Track Luck". Ótima. Linda.
Faixas como: "The Stars", "Everyday is 1989" e "257 Zero" são músicas de pista. Lembram os anos 90. Acid House..."Don't stop the music, DJ" !!!!!!
Pra rolar qualquer hora !!!!!
Nota: 8,0
VARIEDADES
- Dizem por aí que quem batizou o nome do primeiro single do REM (Supernatural Superserious) foi o sr. Cris Martin. Vocalista do Coldplay. Parece que sim...
- Será que eu sou a única pessoa que gosta de comer comida japonesa sem "molho shoyu" ???
- E essa mania nova de jogador de futebol ? Quando faz um gol, e é pai, comemora chupando o dedo. Sério...Sou emotivo, mas não sou palhaço. Vou ficar vendo um brutamontes chupando dedo ???? Horrível !!!!! Aquele gesto do Bebeto embalando (94) é bem mais condizente, não acham ?
- O mundo veste "laranja" para solidariezar-se com o Tibet. Na porta das Olimpíadas na China, manifestações contra o tratamento chinês dado aos tibetanos...E, muitos elegeram a cor laranja para se identificar...Laranja neles !!!!!!!
- Terminou ontem o 13º Festival Internacional de Documentários. Chamado nessa edição por "É tudo verdade" - o festival exibiu dezenas de documentários internacionais. Coube ao CCBB, ao Cine Glória e ao Instituto Moreira Salles as honras de receber milhares de pessoas durante o período compreendido entre 28 de março à 6 de abril.
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HUNTER THOMPSON
Saiu um livro especial essa semana dedicado à Hunter Thompson (Gonzo).
O livro saiu pela editora Little, Brown & Co.
Nele há o relato, o estilo e a vida desse jornalista que mudou certas regras e padrões no jornalismo mundial. O Estilo "gonzo".
RIVOTRIL
O Rivotril (Clonazepam), remédio de tarja preta indicado para síndrome do pânico, é usado de brincadeira, alertam psiquiatras ."Neste fim de semana quando acontece o maior evento de música eletrônica do país, muitas pessoas vão tomar Rivotril." A previsão foi feita na semana passada pelo psiquiatra Alexandre Saadeh, do Hospital das Clínicas. Ele se refere a um calmante tarja preta, da família dos benzodiazepínicos, que tem sérios efeitos colaterais e causa dependência, mas virou moda entre os jovens de classe média alta de São Paulo. O remédio é usado como droga recreativa e como "paliativo" para os efeitos colaterais do êxtase. "Essa é uma droga de turmas específicas, de jovens que têm dinheiro para pagar um psiquiatra, gostam de música eletrônica, têm 20 e poucos anos e estudam em determinadas faculdades", diz Saadeh. ""São pessoas que tomam o remédio por brincadeira." O calmante, para preocupação de Saadeh, virou pop. Existem 14 comunidades sobre o remédio no Orkut. Uma delas é a ""Rivotril rocks". Já a "Eu tomo Rivotril" afirma: "O remédio que cura todas as doenças" e tem 296 participantes. A maior delas, "Rivotril", foi criada há um ano e tem 811 cadastrados. Nas comunidades, usuários trocam informações sobre a droga, algumas sérias, como problemas de dependência, e outras preocupantes, como maneiras de conseguir comprar o remédio sem receita médica. "Vá a um posto de saúde", sugere um. "Pede para um amigo médico ou dentista", diz outra pessoa. M.A., 23, estudante de comunicação, foi o criador da comunidade. "Larguei depois que vi que tinha ficado muito barra pesada. Tinha um cara que entrava lá para vender remédios", diz. O estudante parou de tomar o medicamento depois de passar por crises de abstinência e conta que usava a droga "para se acalmar e ser aceito pelos amigos". Segundo ele, em determinados círculos "pega bem ser usuário do calmante". "As pessoas hoje freqüentam psiquiatras, tomam drogas como essa e vêem um glamour nisso. Parece que, se a pessoa toma um medicamento, isso significa que ela é mais sensível, especial", diz Saadeh.
"Você realmente não sabe o que pode acontecer com você", alerta. De acordo com M.A., o calmante virou a droga dos ""chill outs" (as festas pós-baladas onde as pessoas relaxam depois de terem ingerido drogas como o êxtase). ""É a droga perfeita para relaxar pós-êxtase, e todo mundo toma. Já vi gente deixar de comprar cocaína porque estava sem o calmante para tomar depois", diz. D.C, cineasta, 25 anos e usuário ocasional de êxtase, também faz esse uso do calmante. "Uma vez dei um para uma amiga que estava com "bad trip" de ‘bala’ (apelido do êxtase) numa festa e ela adorou. Comecei a tomar porque meus amigos me deram. Gostei. Hoje uso socialmente. É normal. Chego a uma festa e vejo o que tem, se é êxtase, ácido ou o calmante. Quando tomo, não bebo. Acho perigoso."
Resumo: aonde estavam vcs qdo mais precisei ? Hipócritas, reacionários, retrógados !!!!!
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Clic.
6 Comments:
Não acredito que você come comida japonesa sem molho shoyu...
Bom ter descoberto o Third. Foi uma experiência única para mim. Cada vez que escuto o álbum é como uma nova primeira vez.. descubro coisas nas músicas que me fazem gostar ainda mais do disco... acho que estou precisando arrumar um namorado. :)
Gostei da tua resenha também.... só daria uma nota um pouquinho mais alta.
A preferida, a que mais me tocou e que escuto repetidamente: Nylon Smile. TOC? Talvez...
Nota 10 para Machine Gun, Threads, Magic Doors e Small.... enfim, FODA.
Beijinhos,
Oi Léo! Depois do orkut descobri seu blog, e adorei! Não tinha idéia que você escrevia, e tão bem... sou fã de bons escritores ;-) quero ler o livro! Nossa, temos algumas coisas em comum, vai ser legal tomar uma cerveja e conversar melhor...
bjs, Joice
PS.:Portishead é tudibom!
o disco novo do REM já foi pro topo né!
sim,acho que vc é a única pessoa que come comida japonesa sem molho shouyu!?!?!?!!!
ridículo essa história de chupar o dedo pra comemorar gol! concordo!
vc viu algum filme do é tudo verdade? trabalho do lado do moreira salles!!! ;-)
Ainda da tempo de dar os parabens? Espero que nao tenha chupado o dedo no seu niver e nem tomado um porre de shoyo e nem ingerido RIVOTRIL pra curar a ressaca! bjs.
Oi! Nao queria ser anonima nao!
Ih caramba, eh a Piula (esse trem ficou doido!) rs,rs,rs...
Cara, comida japonesa sem shoyu não dá!!!Um harohot ou california até desce, mas peixe cru sem o molhinho?!?!?!
Depois que parei para ouvir o Moby, confesso que não imaginava ser tão bom...Adorei!Valeu!
Beijo, Sandra
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